"Um gatinho faz com que voltar para casa se torne voltar para o lar. Pam Brown"

Os gatos anunciados para adoção nesse blog, foram resgatados em situações de risco, abandono e sofrimento. Foram cuidados, tratados e serão encaminhados somente para lares onde não terão acesso a rua, casas com quintal fechado ou apartamento telado. Todos serão castrados para que o abandono não se perpetue, pelo menos não em minhas mãos...



quarta-feira, 21 de julho de 2010

REINO GATO- Porto Alegre- Gatos Criação indoor

Abaixo, um textinho educativo, um pouco longo, mas muito bom e explicativo!!!
Divulguem! Fonte: http://escritarupestre.blogspot.com

Por que insistir em conscientizar os proprietários de gatos sobre a importância de mantê-los sem acesso à rua em vez de brigar com os malvados que atropelam, envenenam, torturam... a culpa dessas atrocidades não é de quem as comete? Simples, pois é muito mais fácil e eficiente fazer com que quem REALMENTE GOSTA de gatos se conscientize sobre a importância de castrá-los e não dar acesso à rua do que fazer com que psicopatas deixem de ser psicopatas.

Se com leis rígidas contra o assassinato de seres humanos ainda tem um monte de gente matando por aí, imagina em relação aos gatos, animais de que a maioria das pessoas não gosta e tem preconceito e a quem não há lei eficiente que proteja?

Não, gatos que vivem dentro de casa não estão sofrendo e infelizes. E não, gatos que têm acesso à rua não estão livres e felizes. Como eu sei disso? Porque meu conceito de felicidade e infelicidade felina não está apoiado em meus valores humanos (isso seria um contra senso, não? "Eu sou feliz transando, logo, meu gato é feliz transando também"), mas em como os gatos demonstram felicidade ou infelicidade.

Porém, algumas coisas são universais: nenhum ser espancado é feliz. Nenhum ser envenenado é feliz. Nenhum ser torturado é feliz. Nenhum ser com ferimentos infeccionados é feliz. É só ter noção de causa e conseqüência. Um gato não castrado vai fazer pelo menos quatro gatinhos abandonados em cada gata que encontrar pelo caminho, em suas "andanças". O que acontecerá com esses gatinhos? O que acontece com filhote de gato na rua? Os poucos que sobreviverem farão mais gatos abandonados, e a responsabilidade é do gato que originou tudo isso ou do dono que não o castrou? E a gata na sua casa que tem uma cria que você distribui entre os amigos? E os filhotes desses filhotes? O que seus amigos farão com eles? E os que fizerem filhotes pelas ruas? Isso não é responsabilidade nossa?


A realidade sobre a castração

Gatos são animais com uma grande profusão hormonal. Bem maior do que a nossa, aliás. Hormônios sexuais que os obrigam a reproduzir a espécie, para que não desapareça. Porém, há uma superpopulação de gatos sofrendo nas ruas e se reproduzindo descontroladamente (todo mundo sabe disso, não é?) logo, não há necessidade de mais reprodução da espécie.

Mas eles não gostam de "transar"? A atividade sexual dos gatos é regulada única e exclusivamente pela atividade hormonal, não tem o apelo emocional que tem nos humanos, por exemplo, nem é sequer prazeroso. Mas como a gente sabe disso? O pênis do gato possui pequenos espinhos, que servem para sangrar a vagina da fêmea, pois o espermatozóide do gato só sobrevive em meio sanguíneo. A dor e o sangramento estimulam a ovulação na fêmea.

O gato tem primeiro que brigar com outros gatos pela fêmea. Após muita briga, gritaria, arranhões, machucados e mordidas, ele vai até a fêmea que o aceita por causa do cio, induzido pelos hormônios. Ele morde a fêmea pela nuca, para imobilizá-la e introduz o pênis espinhoso. Ela grita de dor, não de prazer. E ele a segura para que ela não se mova, e possa, assim, perpetuar a espécie. Quando a solta, ele ainda apanha dela. Todo esse estresse é dirigido pelos hormônios que não têm a menor consciência de que a espécie sofre com a superpopulação. O gato chega em casa (quando tem casa) todo machucado das brigas e possivelmente não está nada feliz com essa situação, mas não pode evitar.

Quanto aos riscos... eles são animais, têm instintos, não se defendem sozinhos?

Doenças muito comuns em gatos, para as quais não há tratamento eficaz, nem vacina, como Peritonite Infecciosa Felina (PIF), AIDS Felina (FIV) e Leucemia Felina (FELV) são transmitidas nas brigas, através de mordidas e do contato sexual. São muito contagiosas entre os gatos, embora não passem para os seres humanos. Como gatos não castrados - ou mesmo castrados - sem acesso à rua poderiam se defender de brigas de gatos infectados?

Além disso, gatos na rua estão sujeitos a atropelamentos (eles não sabem atravessar a rua, não entendem nossas regras de trânsito), envenenamentos, ataques de cachorros (aí sim, até podem correr para se defender, mas o último que eu soube que fez isso escapou de três cachorros que o perseguiam e na fuga colidiu violentamente com um carro que passava na rua e quebrou o pescoço. O motorista nem teve tempo de desviar) e espancamentos por pessoas ruins (de criaturas tão maiores, maldosas e mais fortes não há como se defender).

A castração e a criação indoor evitam que a vida do gato seja abreviada por motivos tão estúpidos. O que pode ser evitado não deve ser considerado acidente, nem visto com naturalidade quando acontece. Se o gato está sob sua responsabilidade, é seu dever protegê-lo do mundo criado pela nossa espécie e para a nossa espécie, tão hostil aos animais domésticos que não têm culpa de terem sido tirados de seu habitat há milhares de anos, perdido grande parte de seus instintos sem a menor possibilidade de desenvolver ferramentas para se proteger em meio aos humanos.
Com tanta castração, gatos não serão extintos?

Gato castrado não se despersonaliza, ele só deixa de ser guiado exclusivamente pelos hormônios. Assim, ele pode viver tranqüilamente sua vida de gato, sem a neurose da perpetuação da espécie a qualquer custo (já que a espécie está mais do que perpetuada).

Mas se todo mundo castrar, eles não serão extintos? Quem se faz essa pergunta não parou para pensar ou nunca procurou sair às ruas à procura de gatos abandonados para alimentar. Eles saem bem tarde da noite, e voltam a se esconder assim que amanhece. Para começar, existem gatos em todos os lugares, se reproduzindo descontroladamente. Alguns nunca sequer serão pegos, pois são extremamente ariscos e morrerão doentes ou sob as rodas de algum carro, não sem antes se reproduzir muito.

Existem gatos nos bairros mais pobres, nas favelas mais distantes, onde as pessoas nem sequer ouviram falar de controle de natalidade e as próprias mulheres têm dezenas de filhos, que acabam não tendo condições de estudo, nem de um futuro. Essas pessoas criam gatos soltos e que se reproduzem descontroladamente, pois essa é sua própria realidade, vai demorar um bocado para que tenham acesso a informação e castração.

Existem pessoas ignorantes - e elas sempre existirão - cujos gatos continuarão a morrer atropelados, doentes, envenenados, assassinados e sem castrar, se reproduzindo descontroladamente. Existe uma superpopulação absurda de gatos abandonados, que só cresce, cresce e cresce. A possibilidade de extinção diante dessa realidade parece piada. E é.

E a liberdade? Gatos não são animais livres?

Mais um conceito que enxergamos baseados em nossos valores. O homem gostaria de viver solto, fazendo o que quisesse, andando de lá para cá sem medo e sem noção, transando com todo mundo sem responsabilidade, fazendo filhos que não precisaria assumir, apenas para provar virilidade. As mulheres gostariam de ter milhares e milhares de filhos para provar a maternidade, sem precisar criá-los ou se preocupar com seu futuro, ser desejadas por dezenas de machos, que se matariam por causa delas. É uma visão, de certa forma, romântica, e bem longe da realidade.

A liberdade dos gatos na rua, da forma como imaginamos, não existe. Já falei da relação sexual, que não é nada bonita, nem prazerosa, e nunca poderia ser chamada de "namoro".

A estrutura social dos gatos urbanos é um tanto quanto agressiva. Existe um macho dominante (macho alfa) que, aliás, dificilmente vai ser o seu gato domiciliado (antes que algum homem ache legal a idéia do seu gato ser o macho dominante do pedaço). Eles têm uma sociedade dividida em classes (sim!!), cada um tem seu território e briga por ele.

Existem caminhos que pertencem apenas ao dono do território (e ninguém pode passar ali), outros caminhos são comunitários e também existem regras de tráfego bem definidas. Se um desavisado cortar o caminho do dono do território, pode até ser expulso, sem conseguir voltar. Gatos que brigam na rua, guiados por hormônios, podem até se matar em uma disputa violenta, cegar ou machucar profundamente. É um mundo violento, com regras estruturadas.

Mas se é tão ruim, por que eles saem? Seus gatos não vão ficar pensando "Ah, lá fora o fulaninho pode me bater, o cachorro já correu atrás de mim, então acho que eu não vou sair". Eles são curiosos e não têm noção. Embora até consigam se virar bem dentro da estrutura que eles próprios criaram, não conseguem lidar direito com a estrutura dos humanos: carros, motos, gente ruim, veneno, etc. Ao primeiro sinal de perigo, correrão para o lugar em que eles realmente são livres: suas casas (seu território). O gato que citei, que estava fugindo dos três cachorros, foi atropelado enquanto corria, desesperado e atento apenas aos predadores, em direção à casa onde morava com seu "dono". Estava querendo voltar para a segurança de seu território, onde sabia que ninguém o machucaria.

Dentro de casa

Gatos só são mesmo livres dentro de casa, pois ali é o território deles, onde eles se sentem seguros. Mas são curiosos e sempre irão querer passar pelas portas ou janelas que estiverem abertas para eles. Feche a porta de um cômodo qualquer da sua casa e imediatamente aquele será o lugar mais legal do mundo, no qual seu gato irá querer entrar a qualquer custo, até esquecer a idéia.

Gatos que vivem dentro de casa, com as janelas teladas não ficam miando desesperadamente para sair, sinto desiludir quem se apoiava nesse argumento. Mesmo o que eu adotei adulto e morava na rua, miou por apenas uma semana, pois tinha o hábito de sair (e hábito não é necessidade). Quando viu que eu não cederia, resolveu explorar o ambiente interno e começou a brincar, a se adaptar à nova casa.

Hoje ninguém tenta sair, ninguém fica miando desesperadamente, mas também não tenho sequer um gato apático em casa. Agora mesmo, acabaram de brincar de lutinha, o Tiggy está caçando seu ratinho de brinquedo e o Gatão perseguindo uma bolinha. A Ricota está bebendo água. Eles são bem livres dentro de casa, escolhem seus lugares preferidos, seus brinquedos preferidos, brincam bastante, comem bem e depois dormem junto da gente (ou no sofá da sala, quando está muito calor).

Assistem à janela como assistimos à TV, curiosos com a movimentação de vizinhos, cachorros e pássaros. Eles são pequenos, até mesmo um apartamento de um quarto, como aquele em que eu morava no Rio, é um mundo para eles, pois ao contrário dos cachorros, eles sobem nos móveis, entram embaixo das coisas, o espaço não é apenas horizontal, tem várias possibilidades.

Meus gatos não são exceção, todo mundo que tem gato castrado sem acesso à rua sabe que eles vivem muito melhor do que os que tivemos em casa pelo método "antigo". E isso não é egoísmo. Garanto que seria muito mais cômodo ter meu gatinho para brincar e apertar, mas não ter o trabalho de levar ao veterinário, me responsabilizar por ele o tempo todo e ainda ter a tranqüilidade de dizer que ele "sumiu" ou que foi morto e culpar o vizinho, depois arrumar outro gato, sem peso algum na consciência.

O cara que odeia animais e envenena o gato que aparece sempre em sua casa está certo? Não. Alguma coisa justifica o que ele fez? Não. Mas ele não é obrigado a aceitar um bicho que ele não gosta em seu quintal. Não é mesmo. Isso não o faz menos assassino, não o faz menos monstro, não o faz menos malvado, nem menos psicopata, nem menos imbecil, covarde, fraco e babaca. Isso não faz com que ele esteja certo ao maltratar, mas mostra que ele não é o único responsável por esse acontecimento, pois ele não foi na casa da menina para matar a gata dela, ele teve seu espaço invadido por uma criatura que ele não sabe respeitar.

É exatamente a mesma coisa de dizer que um pai é co-responsável pela morte de sua filha de dois anos, que ele deixou sair às onze da noite até a casa de um vizinho que já era suspeito de assassinar crianças, inclusive o irmão mais velho da menina. Não dá para dizer "é a vida", nós temos responsabilidades e devemos assumí-las.

Uma criança não conhece a estrutura da nossa sociedade e os perigos da rua, é pequena, sem maldade e fraca demais para conseguir se defender de adultos, maldades e acidentes. Um gato adulto tem como se defender em sua sociedade felina, mas essa sociedade é estruturada dentro da nossa sociedade e das nossas ruas, para as quais ele também é pequeno, fraco e sem maldade, incapaz de se defender sozinho e supor os perigos que não são naturais, foram criados pelo homem.

Meu gato é louco para entrar no forno. Se eu abro a porta, tenho que cuidar para que ele não se jogue lá dentro. Mas ele não tem instintos que deveriam protegê-lo dessa vontade? Pois é, avise isso para ele. Não é porque ele tem curiosidade de entrar no forno que eu vou achar que ele precisa entrar lá, que ele gosta e vai sofrer se eu não deixar. Se eu deixar e um dia ele entrar no forno ligado e se queimar, não posso dizer que foi culpa dele ou que "pelo menos ele morreu feliz, fazendo o que queria". Seria um tanto quanto irresponsável de minha parte, não?

Dizer que eles são livres nas ruas, que essa é a "natureza" do gato e que eles têm que "namorar" e são infelizes dentro de casa é argumento de quem não tinha até agora informação suficiente sobre a realidade da sociedade deles, da natureza deles e da vida de gatos castrados e sem acesso à rua.

Gostaria que ninguém comentasse absolutamente nada antes de ler (e ter certeza de que entendeu, nem que precise ler mais de uma vez) tudo o que escrevi. Sei que é muita coisa, mas também sei que ninguém está interessado a exercitar preguiça mental e que todos têm interesse em informações, não apenas em manter suas opiniões arraigadas e "ganhar a discussão". Eu não quero ganhar nada, meu interesse é ver menos gatos nas ruas, e esse é o único caminho.

Assunto sem fim

É consenso entre as entidades sérias de proteção animal de que a castração e criação indoor (sem acesso à rua) é a melhor forma de cuidar de gatos e ao mesmo tempo proteger a espécie. Acredito que quem gosta de gato não gosta apenas do seu gato, mas de todos, e se preocupa com a espécie inteira.

Idéias pré-concebidas e mais do que ultrapassadas, mitos como o que prega que a castração deixa o animal letárgico, que a castração deixa o animal infeliz, que gato precisa "dar voltinhas", que gato se apega a casa e não ao dono, que mulher grávida pode pegar toxoplasmose acariciando qualquer gato (argh, por favor, se você não tem o hábito de comer fezes de gato infectado pelo toxoplasma expostas no ambiente por 48 horas, ou comer a carne crua de gatos infectados pelo toxoplasma - e poucos gatos são infectados - não se preocupe com uma possível transmissão de toxoplasmose pelos gatos. Muito mais importante é cuidar da higiene dos vegetais que você consome e do cozimento da carne que você costuma comer. Toxoplasmose se pega por via oral, dessas maneiras), que gato é traiçoeiro, etc. etc. etc. são coisas que só prejudicam os pobres animais, que nada têm com a ignorância humana. E além de prejudicar os gatos, me deixam muito, mas muito revoltada e chateada por ver o quanto minha espécie ainda está atrasada.

E de uma vez por todas: é muito fácil não dar acesso à rua a um gato castrado (e de preferência, castre as fêmeas antes do primeiro cio, com quatro ou no máximo cinco meses. E os machos, com cinco ou seis meses. Embora possa ser feita a castração precoce, mas aí o procedimento é diferente), basta instalar redes de proteção em todas as janelas (inclusive nos vitrôs).

A quem mora em apartamento, redes de proteção são obrigatórias, mas se você mora em casa e quer que seus gatos tenham acesso ao quintal, pode telar os muros e o portão, de maneira a não deixar nenhum lugar pelo qual ele possa escapar. Algumas idéias de tela nesse site:
http://mopibichos.sites.uol.com.br/modelosdetela.htm

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Thiane
Lojinha on line: www.reinogato.com
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Reino Gato não é ong, nem um grupo, nem uma entidade. Não possui sede própria. Não são pessoas, no plural. Não existe "vocês". Sou somente eu, mas com apoio de quem repassa os emails, ajudam e participam das rifinhas. Reino Gato é tão somente uma marca criada para dar nome a produtos de design e acessórios que eu mesma desenvolvo, marca que criei com intuito de conseguir pagar as despesas que tenho com animais que procuro ajudar, de forma independente. Alguns hospedo em casa (apartamento), mas por ter um espaço limitadíssimo e animais fixos (meus) acabo pagando hospedagem para casos graves e quando trata-se de cães. Não teria como pagar e fazer este trabalho de "formiguinha", se não fossem as vendas e as rifinhas. Você pode fazer o mesmo!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Fila encontrado, muito magro

Esse cachorro está na Rua Riachuelo, próximo a Av. Higienopolis.
Está muito magro e triste, precisa de um lar!
Essa foto e de um parecido, tirarei fotos reais dele agora a tarde.
Interessados favor entrar em contato: 3304-7309 ou 9977-4402 com Ellen.
Tb podem me escrever: ellen.cpc@hotmail.com


quinta-feira, 8 de julho de 2010

Gatinhas lindas precisando de um lar!

Essas lindinhas são mãe e 3 filhotes.
Estavam na garagem de uma empresa de transportes em Foz do Iguaçu e foram resgatadas pela Maga.
Com a ajuda da rifa que fizemos, serão doadas castradas e vacinadas.
Para quem conhece as minhas bruxinhas, saibam que quando filhotes elas nem eram peludas como essas.
Sabemos que essa pelagem ainda não é muito popular entre os adotantes, mas eu amo e faço a maior propaganda :)
Ajudem a divulgar, principalmente para quem mora na região mas também para qualquer pessoa que possa se interessar.
Se aparecer um bom adotante podemos até estudar a possibilidade de enviá-las pra outra cidade ou estado.
O gatil da Maga lá em Foz é exemplar mas para manter a qualidade de vida dos quase 300 magatinhos é preciso que os novos resgatos sejam sempre doados.
E elas também merecem ter uma família com menos gatos, que lhes dê mais atenção.
Conto com a ajuda de vocês.

Contato: magatinhos@gmail.com ou ellen.cpc@hotmail.com





quarta-feira, 30 de junho de 2010

"É apenas um gato..."


De vez em quando escuto alguém me dizer:
- Pára com isso! É apenas um gato!

Ou então:
- Mas é muito dinheiro para se gastar com ele! É apenas um gato.

Essas pessoas não sabem do caminho percorrido, do tempo gasto ou dos custos que significam "apenas um Gato". Muitos dos meus melhores momentos me foram trazidos por "apenas um Gato".

Por muitas horas em minha vida, minha única companhia era "apenas um Gato", e eu não me sentia desprezado.

Muitas de minhas tristezas foram amenizadas por "apenas um Gato". E naqueles dias sombrios, o toque gentil de "apenas um Gato" me deu conforto e motivo para seguir em frente.

Se você também é daqueles que pensam que ele é "apenas um Gato", com certeza deve entender bem expressões como "apenas um amigo","apenas um nascer de sol", "apenas uma promessa".

"Apenas um Gato" deu à minha vida a verdadeira essência da amizade, da confiança,sabedoria, discrição,sensibilidade, o valor do silênciao e da pura e irrestrita felicidade.


"Apenas um Gato" faz aflorar a compaixão e a paciência que fazem de mim uma pessoa melhor.

Por causa de "apenas um Gato" eu me levanto cedo, cuido de minha vida, faço exercícios e olho com mais amor para o futuro.

Porque pra mim - e para pessoas como eu - não se trata de "apenas um Gato", mas da incorporação de todos os sonhos e esperanças do futuro, das lembranças afetuosas do passado,
da pura felicidade do momento presente.

"Apenas um Gato" faz brotar o que há de bom em mim e dissolve meus pensamentos e as preocupações do meu dia.

Eu espero que algum dia algumas pessoas entendam que não é "apenas um Gato", mas é aquilo que me torna mais humano e me permite não ser "apenas um homem" ou "apenas um mulher".

Então, da próxima vez em que você escutar a frase:

"É apenas um Gato", apenas sorria para essas pessoas.... Elas dizem isso porque elas apenas não podem entender. Pra elas, as coisas são "apenas". Para nós, tudo na vida é...tudo.

"do blog maes de felinos - http://maesdefelinos.blogspot.com/ "

terça-feira, 29 de junho de 2010

Estratégias para Conquistar um Gatinho Tímido

Por Giane Portal

Esses dias recebi um e-mail de um amigo do facebook pedindo dicas de aproximação com o gatinho adulto que ele tinha adotado recentemente, que sempre fugia quando tentavam se aproximar.


Aqui vão algumas estratégias para conquistar um gatinho tímido, mas é preciso dizer que, dependendo do trauma que o gatinho sofreu antes, não é garantido que algum dia ele venha a confiar totalmente, mas você pode tentar!

1. Passar tempo com ele SEM "notar"a presença dele. Por exemplo, se ele se esconde embaixo da cama, sentar um tempo por ali (com um livro, um notebook), sem olhar, sem chamar, sem fazer nada. Isso porque gatos mais tímidos às vezes precisam do tempo deles, e quando vamos em direção a eles a tendência é fugir.

2. Além disso, você pode levar patês, alguma guloseima, de deixar a seu lado. Se ele for comer, não dê bola, não faça carinho, nada. Assim ele vai se acostumando com sua presença e associando a coisas boas.

3. Sempre que você for tentar uma interação, dê sua mão para ele cheirar antes de tentar fazer carinho. Não volte a palma da mão para o rosto, pois ele pode achar que vc está tentando "agarrá-lo" e fugir.

4. Se ele se aproximar, resista a tentação de imediatamente tocá-lo. Espere ele se sentir seguro.

5. Um das coisas que mais consolida a relação entre gatos e humanos são os brinquedos. Descubra algo que desperte o interesse dele, e que você possa manusear de longe, tipo uma varinha com bichinho. É uma ótima maneira de construir uma relação.

6. Deixe uma camiseta sua (usada) perto do pote de comida e dos lugares de dormir. Mais uma vez, ajuda a associar as coisas boas a seu cheiro.

7. E para finalizar, da para complementar tudo isso com Florais de Bach. Aqui em casa eu geralmente tenho bons resultados com o uso de Florais.

Espero que essas dicas ajudem!

Meow!
Giane Portal

satbast

astrologia:
http://gianeportal.wordpress.com/
www.cnastrologia.org.br/

fotos felinas:
www.flickr.com/photos/fofurasfelinas/
desenhos felinos:
http://fofurasfelinas.carbonmade.com/

felinidades:
fofurasfelinas.katgyrl.com/

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Neto, onde está vc, anjo?!


Ja faz mais de um mês que fiquei sabendo do desaparecimento do Neto... Sempre que ando pelas ruas tb procuro e torço para ele aparecer e estar sendo bem cuidado...
Que São Francisco esteja ao lado dele e encaminhe de volta aos seus donos que estão desesperados.
"A gente não desiste, porque não se desiste de quem se ama."
Contatos: 43-9978-2863 e Dra Cristiane 43-3025-5622

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Adote um Gatinho Siamês!!!!

Gente, minha amiga Amanda está procurando adotantes para esses bebes lindíssimos!
Ela está ajudando a maezinha que estava na rua sem comida e tomando agua de poças barrentas. :(
Os bebes estão com 42 dias. Já comem e estão aprendendo a usar a caixinha.
Tem um casal de siamesinho bem típico e dois meninos sialatas (marrom com branco).
São todos lindos e queridos.
E tem a mãezinha, que é a mais querida e carente. Uma coisa doce até dizer chega!
Me ajudam a divulgam?







Contato: ellen.cpc@hotmail.com

sexta-feira, 30 de abril de 2010

ODE AO GATO (Artur da Távola)


Nada é mais incômodo para a arrogância humana que o silencioso bastar-se dos gatos. O só pedir a quem amam. O só amar a quem os merece. O homem quer o bicho espojado, submisso, cheio de súplica, temor, reverência, obediência. O gato não satisfaz as necessidades doentias de amor. Só às saudáveis.

Já viu gato amestrado, de chapeuzinho ridículo, obedecendo às ordens de um pilantra que vive às custas dele? Não! Até o bondoso elefante veste saiote e dança valsa no circo. O leal cachorro no fundo compreende as agruras do dono e faz a gentileza de ganhar a vida por ele. O leão e o tigre se amesquinham na jaula. Gato não. Só aceita relação de independência e afeto. E como não cede ao homem, mesmo quando dele dependente, é chamado de traiçoeiro, egoísta, safado, espertalhão ou falso.

"Falso", porque não aceita a nossa falsidade e só admite afeto com troca e respeito pela individualidade. O gato não gosta de alguém porque precisa gostar para se sentir melhor. Ele gosta pelo amor que lhe é próprio, que é dele e o dá se quiser.

O gato devolve ao homem a exata medida da relação que dele parte. Sábio, é espelho. O gato é zen. O gato é Tao. Conhece o segredo da não-ação que não é inação. Nada pede a quem não o quer. Exigente com quem o ama, mas só depois de muito certificar-se. Não pede amor, mas se se lhe dá, então o exige.

O gato não pede amor. Nem dele depende. Mas, quando o sente, é capaz de amar muito. Discretamente, porém, sem derramar-se. O gato é um italiano educado na Inglaterra. Sente como um italiano mas se comporta como um lorde inglês.

Quem não se relaciona bem com o próprio inconsciente não transa o gato. Ele aparece, então, como ameaça, porque representa a relação sempre precária do homem com o (próprio) mistério. O gato não se relaciona com a aparência do homem. Vê além, por dentro e avesso. Relaciona-se com a essência.

Se o gesto de carinho é medroso ou substitui inaceitáveis (mas existentes) impulsos secretos de agressão, o gato sabe. E se defende do afago. A relação dele é com o que está oculto, guardado e nem nós queremos, sabemos ou podemos ver. Por isso, quando esboça um gesto de entrega, de subida no colo ou manifestação de afeto, é muito verdadeiro, impulso que não pode ser desdenhado. É um gesto de confiança que honra quem o recebe; significa um julgamento.

O homem não sabe ver o gato, mas o gato sabe ver o homem. Se há desarmonia real ou latente, o gato sente. Se há solidão, ele sabe e atenua como pode (enfrenta a própria solidão de maneira muito mais valente que nós).

Se há pessoas agressivas em torno ou carregadas de maus fluidos, eles se afastam. Nada dizem, não reclamam. Afastam-se. Quem não os sabe "ler" pensa que "eles não estão ali", "saíram" ou "sei lá onde o gato se meteu". Não é isso! É preciso compreender por que o gato não está ali. Presente ou ausente, ensina e manifesta algo. Perto ou longe, olhando ou fingindo não ver, está comunicando códigos que nem sempre (ou quase nunca) sabemos traduzir.

O gato vê mais, vê dentro e além de nós. Relaciona-se com fluidos, auras, fantasmas amigos e opressores. O gato é médium, bruxo, alquimista e parapsicólogo. É uma chance de meditação permanente a nosso lado, a ensinar paciência, atenção, silêncio e mistério.

Monge, refinado, silencioso, meditativo e sábio, a nos devolver as perguntas medrosas esperando que encontremos o caminho na sua busca, em vez de o querer preparado, já conhecido e trilhado. O gato sempre responde com uma nova questão, remetendo-nos à pesquisa permanente do real, à busca incessante, à certeza de que cada segundo contém a possibilidade de criatividade e novas inter-relações, infinitas, entre as coisas.

O gato é uma lição diária de afeto verdadeiro e fiel. Suas manifestações são íntimas e profundas. Exigem recolhimento, entrega, atenção. Desatentos não agradam os gatos. Bulhosos os irritam. Tudo o que precisa de promoção ou explicação os assusta. Ingratos os desgostam. Falastrões os entediam. O gato não quer explicação, quer afirmação. Vive do verdadeiro e não se ilude com aparências. Ninguém, em toda a natureza, aprendeu a bastar-se (até na higiene) a si mesmo como o gato!

Lição de sono e de musculação, o gato nos ensina todas as posições de respiração ioga. Ensina a dormir com entrega total e diluição recuperante no Cosmos. Ensina a espreguiçar-se com a massagem mais completa em todos os músculos, preparando-os para a ação imediata. Se os preparadores físicos aprendessem o aquecimento do gato, os jogadores reservas não levariam tanto tempo (quase quinze minutos) se aquecendo para entrar em campo. O gato sai do sono para o máximo de ação, tensão e elasticidade num segundo. Conhece o desempenho preciso e milimétrico de cada parte do seu corpo, ao qual ama e preserva como a um templo.

Lições de saúde sexual e sensualidade. Lição de envolvimento amoroso com dedicação integral de vários dias. Lição de organização familiar e de definição de espaço próprio e território pessoal. Lição de anatomia, equilíbrio, desempenho muscular. Lição de salto. Lição de silêncio. Lição de descanso. Lição de introversão. Lição de contato com o mistério, o escuro e a sombra. Lição de religiosidade sem ícones.

Lição de alimentação e requinte. Lição de bom gosto e senso de oportunidade. Lição de vida e elegância, a mais completa, diária, silenciosa, educada, sem cobranças, sem veemências ou exageros e incontinências.

O gato é um monge portátil sempre à disposição de quem o saiba perceber.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Dicas de como cuidar bem de seu bichinho!



Essas são as dicas de uma amiga, a Stella que tem uma gatinha, a Bijoux que ficou muito doente e em nenhum momento pensou em desistir dela. Uma lição para muitos!!!

Não mate seu animal antes da hora, LUTE por ele!!!!

1 - se seu gato está agindo estranho (por exemplo, comendo a areia do banheirinho) não espere para ver se continua. leve o gato no veterinário o quanto antes. gatos adoecem rapidamente, devido ao metabolismo, e o que não era grave num dia pode ser grave no outro.

2 - nunca espere para fazer um exame depois do fim de semana. pode ser tarde demais. ande, corra, cozinhe o juízo do seu veterinário. ele tem outros pacientes para se preocupar; o seu gato (ou cachorro, ou hamster, ou calopsita ou jibóia) é SUA prioridade. corra atrás.

3 - cerque-se de amigos. amigos conhecem pessoas, amigos indicam veterinários, amigos dão uma força, amigos dão colo. amigos ouvem e têm boas idéias. foi através de amigos (a alessandra e o marcos) que conseguimos o primeira doador de sangue para a Bijoux, o gato Otto.

4 - bicho não tem plano de saúde e o tratamento é caro. vai ser um desfalque na sua conta, mas é assim com todo mundo. pode conversar que você chega num acordo que vai caber no seu bolso, nem que seja parcelando.

5 - seja organizado. escreva toda a história da doença do seu bichinho, faça um cronograma. na hora da consulta você pode esquecer alguma coisa. faça um esquema com os horários dos remédios, marque um X depois de dá-los ao seu bichinho. leve esses papéis ao veterinário. guarde todos os exames e esses papéis numa pasta ou num envelope. ajuda prá caramba.

6 - como aqui foram duas doentes ao mesmo tempo (muriel recém operada de câncer de mama e bijoux anêmica e depois recém-operada do baço-monstro) pegue duas embalagens de plástico (as de sorvete são perfeitas) e escreva o nome dos doentes. os remédios ficam dentro. caso prefira mais segurança, escreva o nome no frasco ou na cartela. cole o esquema dos remédios acima delas.

7 - eu quase dei a dosagem errada do remédio da bijoux uma vez porque estava cansada e confundi os frascos. peguei a caneta de escrever em cd e escrevi, na tampa, a inicial de cada remédio. nunca mais errei.

8 - se vai dar comprimidos pela metade, compre um cortador de comprimidos na farmácia. é barato, algumas dão como brinde. se o comprimido for de cartela, deixe a parte metálica de um e cole um pedacinho de esparadrapo por cima, permitindo abrir e fechar sem problema. desse jeito, a metade que você guardar não vai se perder ou se sujar com alguma coisa.

9 - horários de remédio são sagrados, mas cinco minutos a mais ou a menos não fazem seu bichinho correr risco de vida. a não ser que o veterinário diga isso.

10 - respire. respire. respire. você tem que ficar atento e forte por seu bichinho. não enlouqueça. seus amigos, seus amores vão entender que você está passando por um momento difícil. aceite ajuda. você não vai conseguir se distrair se a doença for grave, mas é necessário comer, dormir e manter o nível mínimo de sanindade.

11 - Não mate o seu gato antes da hora. Suspeita de alguma doença não significa que o gato a tenha. E mesmo que fique comprovado que ele um câncer, não quer dizer, necessariamente, que ele não possa ficar curado. Esgote todas as possibilidades antes. A esperança é a última que morre.

12- e o mais importante - não desista. lute por seu bichinho enquanto ele lutar.


Por Stella Cavalcanti.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Vômitos em Gatos


Por Patrícia Nuñez Bastos de Souza
Todo proprietário de gatos já se deparou com uma surpresa não muito agradável em alguns lugares também não muito comuns: o vômito. Esta é uma queixa bastante comum especialmente na clínica de felinos. Na maioria das vezes há raros episódios, com intervalos de tempo espaçados, que normalmente não tem muito significado clínico quando não está acompanhado de outros sintomas. Porém, se seu bichano vomita pelo menos uma vez por semana, é necessário levá-lo ao veterinário para um check-up e tentar descobrir qual a causa deste sintoma. Observe qual o conteúdo do vômito e se há algum outro sintoma, como a perda do apetite, emagrecimento, diarréia e prostração.
Estamos falando aqui de ocorrências únicas diárias de vômitos, alternados com grande espaço de tempo sem qualquer alteração (quadro crônico), e não quando seu gato começa a vomitar várias vezes num mesmo dia (quadro agudo), pois neste caso você deverá levá-lo imediatamente ao veterinário, para que ele não desidrate.
Alguns animais logo após se alimentarem expelem o alimento ingerido. Isto é chamado de regurgitação, pois o conteúdo não chegou ao estômago e, normalmente, é eliminado com uma forma cilíndrica (forma do esôfago) e o alimento não está digerido. É comum após a regurgitação o gato ingerir este conteúdo novamente (eca! não se assuste, este é um comportamento normal). No caso do vômito, o animal elimina secreção gástrica, a consistência é mais aquosa e pode haver bile, possui um odor um tanto característico e o que foi ingerido pelo gato se encontra digerido.
A recorrência do vômito em gatos pode ter várias razões, pode não ter significado clínico, ou indicar ingestão excessiva de pêlos, por falta de escovação ou por alteração comportamental (o gato arranca os pêlos compulsivamente), ou, ainda, por problemas como alergia alimentar, gastrite, ingestão muito rápida de alimentos, lipidose hepática, obstrução intestinal e outros. Vamos comentar aqui as causas mais freqüentes.
Pêlos: A formação de bolas de pêlo no estômago é a principal causa de vômito. Os gatos ingerem pêlos ao se lamberem e, algumas vezes, esses pêlos causam no estômago alterações na motilidade e irritação da mucosa gástrica (gastrite). A forma simples de se evitar ou minimizar o problema é a escovação diária, a favor e contra o sentido do pêlo. Gatos de pêlos longos apresentam mais problemas, mas os de pêlo curto padecem do mesmo mal. Além da escovação há alguns produtos que ajudam o felino a expelir as bolas de pêlo.
Alergia alimentar: Mudanças súbitas na dieta como a troca de ração também podem desencadear vômitos. Observe se a ocorrência do problema está ligada a estas causas e converse com o veterinário. Existem rações hipoalergênicas no mercado (para animais sensíveis), que diminuem ou evitam a intolerância alimentar. Às vezes uma simples mudança de ração já resolve o problema.
Corpo estranho: Devido à curiosidade dos gatos, existe a possibilidade de ingestão de objetos que podem obstruir o trato digestivo e ocasionar vômitos. O mais comum é a ingestão de corpos lineares (fios, linhas ou barbantes). Esta é uma condição séria, que requer intervenção cirúrgica, mas que pode se iniciar com vômitos esporádicos. Para o correto diagnóstico são necessários radiografias, ultra-sonografia e um exame clínico apurado.
Existem outras causas de vômitos em gatos, como: parasitismo (vermes), pancreatite, distúrbios hepáticos, infecções, medicamentos, toxinas ou plantas. Se você se depara com vômito esporadicamente, mas o apetite, a atividade e o comportamento de seu animal são normais, não há necessidade de preocupação. Faz parte do nosso convívio com eles (embora não seja a parte mais agradável!), mas, se vem acontecendo com freqüência, não hesite em contatar o veterinário. Esta é a atitude mais correta a ser tomada. Seu bichano agradece!
Dra. Patrícia Nuñez Bastos de Souza, médica veterinária.
patriciaveterinaria@gmail.com
http://www.revistapulodogato.com.br/pulodogato/materia_vomito_em_gatos.php

Acne Felina


Por Vanessa Pimentel de Faria e Débora Cristina G. Pimentel


Lesões são encontradas com mais freqüência na região do queixo e do lábio inferior

A acne é uma doença de pele de gatos que afeta principalmente o queixo dos gatos. A maioria dos proprietários leva seus gatos ao veterinário com a queixa de que o gato está com o “queixo sujo”.
É uma desordem de pele bastante comum no gato, podendo ocorrer em qualquer idade. No entanto, é improvável que ocorra em gatos com menos de um ano de idade (“adolescentes”), pois é uma doença principalmente de animais adultos.
As lesões da acne são encontradas com mais freqüência na região do queixo e do lábio inferior, sendo de mais difícil visualização em gatos que apresentam pelagem escura. Cicatrizes e cistos podem ser observados em casos crônicos e severos.
A lesão típica é um comedão (“pontos pretos”) e, ocasionalmente, espinhas superficiais podem ser observadas. À medida que a lesão progride, o folículo piloso pode ser recoberto com secreções. Caso isto aconteça, o queixo torna-se inchado e inflamado. O gato torna-se sensível e resistente ao toque da área afetada.
Causas e diagnóstico
A causa da acne felina permanece desconhecida. Na realidade, é provável que existam diversas causas, sendo que as mais prováveis incluem:
1. hábito de autolimpeza pouco freqüente.
2. produção ou composição anormal de sebo, que é uma substância oleosa e macia produzida pelas glândulas da pele.
3. obstrução do folículo piloso quando o pêlo não é adequadamente removido.
4. defeitos na produção de queratina, que é uma proteína que mantém a camada de proteção da pele.
Em seres humanos, a acne está relacionada com níveis hormonais e com a presença de bactérias na pele. Uma clara associação entre hormônios, bactérias e desenvolvimento da acne ainda não foi demonstrada em gatos. É possível que exista um fator genético envolvido.
Para se eliminar outras possíveis causas de infecção da pele, diversos testes diagnósticos devem ser realizados. Quando necessários, tais testes geralmente envolvem a remoção de material da superfície da pele, a fim de investigar pequenos parasitas e a realização de cultura bacteriana e/ou fúngica.
Tratamento
O tratamento tópico (em uma determinada área) geralmente é adequado para a maioria dos casos de acne, mas casos severos podem necessitar de terapia sistêmica por via oral.
A tricotomia (retirada dos pêlos) do queixo é o primeiro passo do tratamento, permitindo a limpeza profunda dos folículos cobertos e a aplicação de medicação nas lesões. Uma vez que o queixo de alguns gatos pode estar extremamente sensível, a sedação pode ser necessária.
O tratamento deve ser continuado em casa. Os poros da pele abrem-se com a aplicação de calor na região. Um pano deve ser colocado em água quente e, a seguir, retirado o excesso de água. Em seguida, o pano deve ser colocado no queixo do animal por 2-4 minutos.
A aplicação da medicação tópica deve ser realizada após a remoção do pano. Existem diversos medicamentos disponíveis e a escolha é parcialmente determinada de acordo com a presença ou ausência de infecção. Se a infecção estiver presente, drogas antibióticas e antifúngicas podem ser administradas por via oral.
A Vitamina A por via oral ou tópica tem sido utilizada, mas a resposta varia muito e a medicação pode ser extremamente irritante à pele.
Prognóstico
A acne poderá ser um problema recorrente em muitos gatos. Ao primeiro sinal de recorrência, inicie o uso de compressas mornas e a aplicação da medicação tópica. Se isso não controlar o problema, seu gato necessitará ser reavaliado pelo seu veterinário.
Gato apresentando acne na região do queixo e do lábio inferior.
Fonte: Vanessa Pimentel de Faria
Vanessa Pimentel de Faria
vanessapimente@gmail.com
Débora Cristina G. Pimentel
deboracp@gmail.com
http://www.revistapulodogato.com.br/pulodogato/materia_acne_felina.php

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Como Criar Gatinhos Órfãos


Algumas vezes as pessoas são tão cruéis que são capazes de abandonar filhotes recém nascidos, tão pequenos que os olhos ainda nem se abriram. Sensíveis e totalmente indefesos, eles podem morrer em poucas horas se alguma pessoa bondosa não acolhê-los.
Cuidar de gatinhos recém nascidos é um imenso desafio, porém não é uma tarefa impossível. Antes de mais nada, você deve saber que isso significa dedicação quase que exclusiva e nenhuma garantia de que eles sobrevivam. Mas, se você conseguir, nada que você venha a sentir irá ultrapassar esse sentimento de que o amor pode mesmo tudo.

Siga essas dicas:

# Acomode os filhotes em uma caixa de papelão forrada com um cobertor ou tapete, colocando por cima um lençol ou toalha, que poderão ser trocados diariamente. É importante manter o ninho sempre limpo, como a gata o faria. Coloque os gatinhos sob uma lâmpada ( método mais prático ) ou use uma bolsa de água quente. Uma boa dica é fazer um saquinho de pano e enchê-lo de arroz cru. Esquente no microondas por um minuto e meio e pronto, está aí um ótimo substituto para a bolsa de água quente. Não cubra os filhotes, pois eles podem sufocar.

# Mantenha a temperatura em torno de 38 graus, como se fosse o corpo da mãe. você terá que manter os gatinhos aquecidos até o 20º dia. Nessa fase, eles dormirão quase o tempo todo.

# Gatinhos muito pequenos não controlam a bexiga nem os intestinos. Eles fazem isso somente através de estímulo. Umedeça levemente um pedaço de algodão com água morna e estimule os órgãos genitais do pequenino, imitando as lambidas da mãe. Isso deve ser feito a cada mamada. E insista, porque geralmente nos primeiros dias eles demoram a fazer xixi e cocô quando estimulados por mãos humanas. Se ficarem "entupidos", glicerina liquida pode ajudar.

#Os gatinhos só abrirão os olhos por volta dos sete a dez dias. Se eles parecerem irritados, lave-os com soro fisiológico. Não coloque nenhum colírio sem orientação veterinária. Jamais use colírios com corticóides, pois, se a córnea foi arranhada ou sofreu uma lesão, por menor que seja, o uso do colírio só piorará o problema, podendo levar a uma lesão irreversível ou cegueira.

# Alimentá-los não é tarefa das mais fáceis. As bocas são pequeninas e a maioria das mamadeiras não serve. Não use mamadeiras para bebês. Já existem mamadeiras próprias para alimentar gatinhos e cãezinhos recém nascidos, com bico bem fino.
O leite deve estar morninho. Não incline o corpo do gatinho para cima, mas sim mantenha a cabecinha reta e ligeiramente mais baixa do que o corpo. Se ele engasgar, levante a parte traseira rapidamente e sacuda suavemente o filhote para baixo, para eliminar o leite que entrou pelas vias respiratórias. Assopre o gatinho bem devagar. Nas primeiras duas semanas, eles devem mamar de duas em duas horas, depois espaçando para três em três e daí por diante. O leite de vaca não é bom para os gatinhos. Já existem produtos semelhantes ao leite da mãe nas lojas especializadas. O melhor deles é, sem dúvida, o leite em pó da Royal Canin. No entanto, existem outras marcas nacionais, das quais considero boas a Total ( Max Milk e Líder Milk ) e a Pet Milk. No entanto, se você não encontrá-los, pode seguir uma dessas fórmulas caseiras, usando, sempre que possível, leite integral com baixo teor de lactose:

Suscedâneo 1
- 1 colher sopa de leite em pó suave;
- 100 ml de água;
- uma colher de café rasa de gema de ovo;
- uma colher rasa de creme de leite;
- meia medida de suplemento vitamínico à base de complexo B e cálcio.

Suscedâneo 2
- 1 litro de leite integral
- 1 xícara de leite em pó dissolvido em água de arroz ou arrozina
- 1 colher de mel
- 1 gema de ovo
- 1/2 pacote de gelatina sem sabor
- 1 colher de composto vitamínico (sustagem ou sustacal)
Misturar tudo e bater no liquidificador. Manter na geladeira. Amornar e administrar 4 a 5 vezes ao dia.

Suscedâneo 3
- 1 litro de leite integral
- duas gemas
- duas colheres de sopa de creme de leite ou nata
- 1 colher de açúcar
- 1 pitada de sal
Bater as gemas, acrescentar o leite e colocar para ferver. Quando estiver fervendo, colocar os demais ingredientes. Deixe esfriar e dê ao gatinho.

Suscedâneo 4
- meio litro de leite integral
- 1 colher de sobremesa de maisena
- 1 colher de sobremesa de creme de arroz
- 1 colher de chá de mel
- 1 gema de ovo
Cozinhar tudo, mexendo sempre, em fogo baixo, para não empelotar. Depois de frio, bater bem e coar ( pois o mingau quando esfria faz aquela nata ). Guardar na geladeira e esquentar para cada vez em que for usar em banho maria.

A partir das quatro semanas, você deverá começar a desmamá-los, oferecendo um pouco de ração algumas vezes por dia, substituindo gradualmente o leite.

Treine também os filhotes a usar a caixinha de areia, levando-os até ela depois das refeições. Se você não tiver esse cuidado, os filhotes começarão a usar o pote de ração para isso.

Os maiores perigos para o bebê:

# Falsa via - Acontece quando o leite "entra" errado e vai parar nos pulmões. Geralmente acontece por mamar na posição errada ( de barriga pra cima ), ou por ter a alimentação forçada. Para evitar, mantenha o filhote na posição correta, e use mamadeira apropriada para filhotes. Mamadeiras improvisadas, seringas e conta-gotas podem favorecer a falsa via, quando não se tem experiência.

# Pneumonia - Acontece muito por conta da falsa via. O socorro tem que ser imediato, senão o gatinho morre. Como notar: para de mamar, respira mais forçado, ou com dificuldade. Raio-X detecta o problema na hora. Se medicado a tempo, as chances de salvar o bebê são boas.

# Desidratação - Quando o bebê fica muitas horas sem mamar, ou para de fazê-lo, a desidratação chega rápido. Lembre-se, qualquer problema em um bebê é muito mais sério e evolui muito mais rápido do que em um gato adulto. A única vantagem é que a recuperação é super rápida também.

# Hipotermia - Causada por falta de aquecimento nos primeiros dias de vida ( o bebê não mantém a temperatura sozinho, precisa ser aquecido o tempo todo ), ou pela desidratação. Se o bebê não for aquecido e estimulado imediatamente, pode morrer em pouco tempo.

Atenção especial ao intervalo entre as mamadas. É trabalhoso e cansativo, mas elas tem que ser dadas em intervalos regulares, mesmo durante a madrugada. Você perderá algumas horas de sono, mas vai valer a pena, quando seu bebê estiver forte e saudável.

Mitos e idéias errôneas sobre como criar bebês:

# O leite integral é o mais indicado. A afirmação, inclusive de alguns vets desatualizados, de que ele é muito "forte" e tem que ser diluído, é falsa. O leite da gata é muito mais "forte" e gorduroso que o da vaca.

# Jamais utilize papinha de bebê para criar gatinhos. As fórmulas industrializadas para bebês humanos, além de não conter nada que seja útil para o bom desenvolvimento do gatinho, ainda poderão intoxicá-lo, pois contém cebola, que é perigosa para gatos, causando anemia.

Claudia Porto
Gatos do Rio - http://gatosdorio.sites.uol.com.br

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Bebês para doação em Jacarezinho- PR







Esses 4 maravilhosos bebês estão para doação.
Se encontram em Jacarezinho- PR.
Somente irão para casas seguras, sem acesso a rua, muito amor, carinho, enfim uma vida digna!

Interessados entrar em contato através dos e-mails: ellenpratescarvalho@gmail.com ou ellen.cpc@hotmail.com

terça-feira, 21 de abril de 2009



Essa linda gatinha siamese tem 2 meses e precisa de um lar, pois a pessoa que a resgatou mora em uma quitinete e no prédio não é permitido animais.
Interessados entrar em contato.

ellen.cpc@hotmail.com

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Bebês para doação





O Tigrinho tem 3 meses, é super brincalhão, carinhoso e amigo do Branquinho que tem 4 meses e é muito querido e alegre.
Os dois pulam e correm sem parar, gostaria que fossem doados juntos, pois se o Tigrinho some o Branquinho fica desesperado chamando, então não sei se seriam felizes separados e me partiria o coração fazer isso.
Os dois serão castrados qdo tiver a idade correta.

Contato: ellen.cpc@hotmail.com

sábado, 20 de dezembro de 2008

Cachorro NÃO é brinquedo!!!!!!!


Campanha para uma ONG. Diz o título: “A cada ano centenas de cães são abandonados porque seus donos se cansam de brincar com eles.”

Ninguém sabe dizer o número, mas é certo que depois de festas tradicionais como páscoa e natal, aumenta o número de animais abandonados nas clínicas e parques de São Paulo. O mesmo acontece em todo o mundo: segundo a WSPA (Sociedade Mundial de Proteção Animal), mais da metade dos coelhos, cães e gatos adquiridos nesses períodos, são abandonados. Em São Paulo são 25 mil cães e gatos recolhidos anualmente pelo Serviço de Controle de Zoonoses, dos quais apenas 1.200 conseguem um novo lar.

Os motivos para o abandono são vários: viagem de férias e ninguém para abrigar o animal, desistência do “brinquedo”, o trabalho gerado pelo animal, uma eventual deficiência física ou doença, problema de comportamento e outros. É sempre o mesmo artifício: à noite abandonam nas portas de faculdades ou de hospitais veterinários, nas clínicas, nos parques municipais ao amanhecer, ou mesmo à plena luz do sol, nas feiras e parques da cidade. Nos pet shops, geralmente entregam o animal para um procedimento, fazem mil recomendações e nunca mais retornam, deixando o mascote para quem se interessar.


VOLUNTÁRIOS ALIMENTAM OS GATOS ABANDONADOS NO PARQUE DA ÁGUA BRANCA.

Diariamente o Serviço de Zoonoses da Prefeitura de São Paulo tira das ruas cerca de 60 animais entre cães e gatos, menos de 20% consegue abrigo, os demais são sacrificados, mesmo destino dado a animais abandonados em clínicas: não há como alimentar a todos. Ongs (Organizações não governamentais) de proteção à vida animal de todos os tipos promovem feiras e campanhas de posse responsável. Uma das feiras é feita todos os anos em outubro, no dia de São Francisco, o santo protetor dos animais, pelo CCZ de São Paulo: “é o momento em que muitos animais vacinados e castrados encontram novos donos” conta Drª Luciana Hardt, diretora do CCZ de São Paulo comemorando o sucesso que a iniciativa vem tendo. O veterinário e adestrador Dan Wroblewski, 43, acredita que o abandono é falta de conscien-tização do que é posse responsável: “com o aumento da insegurança mais pessoas, especialmente da classe média, estão vendo os animais como aliados, mas não se dão conta das responsabilidades que essa companhia exige. Muitas vezes, se entusiasmando com um filhote ou com os conselhos de um conhecido, a pessoa acaba comprando um animal sem se importar com o fato de que ele cresce, adoece, envelhece, exige dedicação, educação e alimentos e nem sempre pode acompanhar o dono em todos os lugares e, sobretudo, lembra, se reproduz”.

-Qualquer aumento de dificuldade pode gerar a necessidade do abandono e isso não é difícil, basta ter um momento de falta de escrúpulo. Dan é proprietário de um Hotel para cães, e freqüen-temente se vê às voltas com animais que são “esquecidos” por seus donos. A incidência é tanta que Dan passou a exigir documentos e comprovantes de residência dos proprietários de seus hóspedes, e mesmo assim, acontece de um ou outro animal ser abandonado.

O período após oNatal é uma temporada de animais abandonados. Pressionados pelas crianças muitos pais adquirem filhotes para doar de presente. No fundo têm esperanças de que os animais ensinarão aos filhos a ter mais responsabilidades, afinal, o compromisso é sempre de que a criança vai incumbir-se de cuidar do cão ou do gatinho.

A rotina do dia a dia, entretanto é diferente. Nem sempre a criança desempenha bem as tarefas, o filhote rói móveis e roupas, faz suas necessidades no tapete da sala e chora no meio da noite. Irritados, pais e mães logo se vêem na compulsão de livrar-se do intruso.

A primeira tentativa é de passar o problema para frente. Querem doar para o avô, o tio que tem chácara, o porteiro do prédio e, diante da total impossibilidade optam pelo abandono.

A maioria dos veterinários têm histórias para contar de ninhadas inteiras abandonadas na porta da clínica, o cãozinho com coleira preso na maçaneta, ou simplesmente largado no interior dos parques.

Os cães, mesmo filhotes, tendem a seguir seus donos, o que já não acontece com os gatos. São esses últimos que infestam os parques, como o Parque da Água Branca, em São Paulo, onde a direção calcula a existência de quase 500 animais. Abandonados, os gatos são alimentados por voluntários, crescem, procriam e aumentam o problema do município.

- A solução é a sociedade aderir à posse responsável – diz Drª. Luciana Hardt – é a pessoa, antes de adquirir o animal conhecer suas necessidades, suas exigências e avaliar se vale realmente à pena ter o bicho ou não. Somente depois de refletir com toda a família, analisando todos os aspectos da vida em comum, ir à busca do animal e, se for o caso, realizar a sua castração para evitar problemas futuros!



segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Lindos gatinhos para adoção


Esses lindos bebês estão em Balneário Camboriú aguardando um lar carinhoso.


Foram abandonados e precisam de amor e carinho.



Você não quer fazer uma boa ação ainda em 2008?
Dá tempo!!!!!


Eles precisam de você!!!!!!

Contatos com:

flowers_design@hotmail.com

ellen.cpc@hotmail.com


sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Gestantes, seus gatos e a toxoplamose



Graças a tantos conceitos ultrapassados e mitos que se perpetuam no meio leigo e profissional, a toxoplasmose continua sendo uma doença polêmica, principalmente no que diz respeito ao convívio de mulheres gestantes e seus gatos. Para nossa tristeza (e também dos gatos) muitos profissionais da área da saúde, incluindo médicos ginecologistas e obstetras e ainda vários médicos veterinários, continuam repassando às suas pacientes e clientes não apenas informações errôneas, mas algumas vezes até absurdas.

A toxoplasmose é uma enfermidade cosmopolita, causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, capaz de parasitar animais de sangue quente, em sua maioria servindo como hospedeiros intermediários do parasita. O que implica ao gato um papel de destaque é o fato dos felídeos serem hospedeiros definitivos do agente, portanto, fundamentais para que o ciclo se mantenha.
O que procuraremos mostrar a seguir, é que provavelmente não é o seu gato que contamina você, mas sim (indiretamente) as fezes de qualquer gato.

Existem muitas maneiras de se entrar em contato com o Toxoplasma gondii e adquirir a doença, dentre elas o consumo de carne crua ou mal cozida, ingestão de furtas, verduras e legumes mal cozidos, e ainda o contato direto com a terra, em procedimentos de jardinagem, por exemplo; o contato direto estrito com os gatos não aumenta determinantemente este risco.

O hábito alimentar dos gatos das cidades vem sendo gradativamente trocado da carne crua (fornecida ou caçada) para alimentos industrializados, como as rações. Além disso, o contato direto de gatos com a terra possivelmente contaminada também vem sendo reduzido, o que reduz circunstancialmente a possibilidade de infecção de novos gatos, limitando assim o ciclo do parasita e a disseminação desta zoonose em nosso meio.

Estudo recente baseado no programa Mãe Curitibana apontou que cerca de 45% das mulheres gestantes em Curitiba são soropositivas para o Toxoplasma gondii, maior que a prevalência em São Paulo (32,4%) e em Salvador (42,0%), mas menor do que em Porto Alegre (54,3%), Recife (69,4%) e Rio de Janeiro (77,1%). Embora uma menor prevalência signifique menor contato com o agente, também significa maior exposição potencial de grávidas a primo-infecção e conseqüente transmissão congênita.

Outro estudo também recente mostrou que a soroprevalência da toxoplasmose em gatos, incluindo gatos errantes, é em torno de 17% na região metropolitana de Curitiba, semelhante ao encontrado no restante do Paraná (19,4%), Niterói-RJ (19,5%) e São Paulo-SP (11,8 a 23,6%). Mas se a prevalência de gatos contaminados é relativamente mais baixa, por que temos tantas grávidas positivas?
Na verdade, embora o gato elimine os oocistos (formas infectantes) por apenas 15 dias durante uma única vez em sua vida, quando primo-infectados com o Toxoplasma gondii, estes oocistos liberados no ambiente podem permanecer no solo por meses ou até anos em condições favoráveis de umidade, temperatura e incidência solar, podendo contaminar as mais variadas espécies animais. Deste modo fica fácil observar que o provável gato transmissor da toxoplasmose a estas mulheres e população em geral, não é o gato delas, mas sim um gato que deve morar junto às granjas e plantações de hortaliças que elas consomem. E claro que este gato não as contaminou diretamente pelas fezes, mas sim indiretamente por contaminação dos animais de produção (suínos, ovinos, caprinos e coelhos) ou ainda por legumes, frutas, verduras, leite ou água contaminados.

Não por acaso, vários estudos mostram que o fator de risco para a infecção de gestantes é o consumo de carne inadequadamente cozida, que contribui em 30% a 63% dos casos; outras como solo contaminado contribuem com 6% a 17%, e o risco de se adquirir toxoplasmose através do contato direto com gatos é extremamente improvável devido às características de eliminação do agente. A possibilidade de transmissão para seres humanos pelo simples ato de tocar ou acariciar um gato, ou até mesmo através de arranhões e mordidas, é considerada mínima ou inexistente.

Ou seja, não se previne toxoplasmose congênita eliminando o gato uma mulher grávida, mas sim com cuidados higiênicos adequados na ingestão dos alimentos e com bons hábitos de higiene pessoal. O uso de luvas e pazinha para a coleta diária das fezes dos gatos, a adequada lavagem das caixas de areia e das mãos são medidas simples, suficientemente eficazes para não se entrar em contato com o agente da toxoplasmose, uma vez que os oocistos, quando eliminados pelas fezes, necessitam de dois a cinco dias para esporular e se tornar infectantes, e permanecerem como tal por períodos de anos.

Todo cuidado é pouco na prevenção da toxoplasmose. Em geral, pessoas e animais portadores do agente são assintomáticos, exceto em pacientes imunocomprometidos, mulheres grávidas e seus fetos, estes últimos vítimas da toxoplasmose congênita.

A toxoplasmose humana é ainda a causa mais freqüente de uveíte posterior e sua manifestação mais comum é a coriorretinite, com grave lesão da retina e conseqüentemente, causa de perda irreversível da visão.Por isso é importante que todas as mulheres sejam testadas no exame pré-natal, e o teste seja realizado e interpretado tanto para infecção aguda (IgM) como crônica (IgG). Os gatos raramente apresentam sintomatologia clínica, isto é, podem ser portadores assintomáticos e devem ser testados periodicamente; lembre-se de que os kits sorológicos para os gatos são espécie-específicos (em sua maioria IgG) e, portanto, kits humanos não funcionam para amostras de gatos. Como medidas preventivas, recomende sempre o consumo de carnes cozidas pelo menos a 66 Cº e carnes cruas apenas quando pré-congeladas a -20 Cº, frutas, verduras e legumes bem lavados e mergulhados em solução 1:1000 de hipoclorito de sódio, manter diariamente a higiene das caixas de areia dos gatos e incinerar os dejetos, oferecer aos gatos somente alimentos comerciais ou pré-cozidos, manter granjas, baias e local de armazenamento de ração sem a presença de gatos errantes, impedir o controle de roedores pelos gatos, telar parquinhos e praças municipais e escolares, para evitar o acesso de gatos errantes, manter hortas devidamente cercadas e sempre usar luvas para jardinagem.

Concluindo, o contato de gestantes com o Toxoplasma gondii e conseqüente infecção está certamente relacionada aos hábitos de higiene e alimentação, e não no contato direto do proprietário com seus gatos. Portanto, não há o menor sentido em se recomendar a uma mulher grávida que livre-se do seu gato para evitar a toxoplasmose congênita.
O ideal seria realizar a sorologia pré-natal da proprietária e o exame sorológico de seus gatos, interpretando o resultado e possível risco da convivência entre ambos, para então serem tomadas precauções inteligentes, que não afetem a interrelação homem-animal que é sempre saudável em qualquer fase da vida.

Por: Marúcia de Andrade Cruz , médica veterinária, mestranda em Ciências Veterinárias UFPR,Juliano Leônidas Hoffmann , médico veterinário, mestrando em Doenças Tropicais UNESP, Botucatu / SP.,Patrícia Yukiko Montaño, acadêmica do Curso de Medicina Veterinária UFPR., Alexander Welker Biondo, médico veterinário, professor Adjunto de Zoonoses, Departamento de Medicina Veterinária, UFPR.


Fonte: Revista CRMV-PR 22ª edição

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Sarna de ouvido/ Doenças por pulgas/ Protozoários

Sarna de ouvido

É muito comum gatos apresentarem sarna nos ouvidos. Muitos proprietários notam que seus animais estão se coçando mais do que o normal na região da cabeça, mas associam esse fato à infestação por pulgas.

O proprietário, ao limpar os ouvidos de seu animal, vai notar a presença de uma grande quantidade de cêra nos ouvidos, de cor castanho bem escuro, quase preta. O cerúmen em excesso é causado por uma reação do conduto auditivo em decorrência da presença de inúmeros ácaros (sarna).

A coceira é um sinal característico da sarna. O animal coça muito as orelhas e pode chacoalhar a cabeça insistentemente. Esse tipo de sarna fica restrito ao conduto auditivo, não aparecendo lesões no resto do corpo do animal. As pessoas que convivem com ele não correm risco de se infestarem.

A sarna otodécica é exclusiva dos animais.O excesso de cêra nos ouvidos e o traumatismo causado pelo ato de se coçar violentamente com as patas traseiras, fazem com que o gato desenvolva inflamação nos ouvidos (otite), o que causa dor e agrava o desconforto.A sarna otodécica é contagiosa entre os animais.

Quando há mais de um gato na casa, mesmo que apenas um apresente os sinais clínicos, todos devem ser tratados. O tratamento consiste em aplicar medicamentos parasiticidas no conduto do animal, diariamente, por um período de tempo prolongado, a critério do veterinário.

O ácaro, embora não cause lesões fora do conduto auditivo, pode estar presente na pelagem do animal. Assim, além do tratamento nos ouvidos, banhos parasiticidas são aconselhados, além da desinfecção de mantas e caminhas onde o animal costuma se deitar.

Mesmo após a cura, notada através da interrupção da coceira e desaparecimento da cêra, o animal pode se reinfestar se estiver em contato com outros animais ou ambiente contaminados.
O ouvido sadio não apresenta cerúmen (cêra), odor desagradável ou coceira. Em qualquer um desses casos, leve seu amigão ao veterinário.

Doenças causadas por pulgas

Muitos proprietários desconhecem que a infestação por pulgas pode causar muito mais do que uma simples coceira nos gatos. As pulgas podem causar danos diretos ou indiretos à saúde do animal.

É bem verdade que no verão o problema aumenta, pois a pulga encontra condições muito favoráveis à sua reprodução, ou seja, calor e umidade. Mas é importantíssimo combatê-las não só nos meses quentes, mas o ano todo.

Veja algumas doenças que o seu animal pode apresentar quando infestado por pulgas:Dermatite alérgica a picada de pulgas: é uma das alergias mais comuns nos gatos. É um problema que pode ser transmitido dos pais para os descendentes.

A saliva da pulga causa uma forte reação alérgica no animal, desencadeando um prurido (coceira) muito intenso. Queda de pêlos, feridas, descamação e mal cheiro são sinais clínicos frequentes. Pode se desenvolver uma infecção na pele (piodermite).

O tratamento é feito com antialérgicos, antibióticos (em muitos casos) e cicatrizantes. Como em qualquer outra alergia, não existe cura, apenas o controle. Os animais que desenvolvem a dermatite alérgica apresentam os sinais mesmo com pequenas infestações por pulgas.

Assim, o combate ao parasita tem que ser intenso e é o único meio de se controlar a doença.Verminoses: a pulga pode transmitir vermes ao gato. O mais comum é o Dipylidium sp, que causa diarréia com muco e sangue. Os vermes tem aspecto de grãos de arroz quando encontrados mortos nas fezes ou pêlos, próximos à região do ânus do animal.

Em grandes quantidades, o verme pode causar ataques convulsivos, uma vez que secreta uma toxina que age sobre o sistema nervoso. Todo animal que teve uma infestação por pulgas deve ser vermifugado.

Anemia: a pulga se alimenta de sangue. Assim, se o animal tiver uma grande infestação por um tempo prolongado, ele poderá apresentar um quadro anêmico. Animais jovens ou idosos são mais susceptíveis.
A anemia tornará o gato letárgico e inapetente. De nada adianta tratar a anemia se o animal continuar infestado pelas pulgas.

Estresse: os animais podem ficar mais irritados, e às vezes agressivos, quando infestados por pulgas. A coceira intensa pode fazer com que o animal pare de se alimentar e perca pêso. Animais cardíacos ou com alterações na coluna (calcificações ou "bico de papagaio") podem ter o problema agravado pelo esforço constante em se coçar, chegando a ficar exaustos e ofegantes.

Transmissão de vírus: acredita-se que as pulgas podem transmitir vírus de um animal doente para outro sadio. Dependendo da carga (quantidade) de vírus que a pulga "carregue" e a capacidade infectante dos mesmos, o animal poderá desenvolver a virose.Assim, podemos concluir que há motivos de sobra para combatermos as pulgas, que não só irritam o animal como podem causar danos à saúde dos nossos amigos.


Protozoários

Quando um animal é vendido, o criador informa se o cão ou gato já tomou ou deverá tomar as primeiras doses de vermífugo. No caso de animais adultos, a vermifugação é feita anualmente, de preferência um mês antes da vacinação.

Essa vermifugação periódica é realmente necessária, porém, não é suficiente para seu animal. Os vermífugos não combatem os protozoários que são microrganismos que podem habitar o intestino dos animais, de forma sintomática ou não, ou seja, podem causar ou não sintomas.

O mais importante é o fato de que alguns desses protozoários podem ser transmitidos ao homem, causando diarréias e dores abdominais. Nos animais, os protozoários mais dificilmente causam sinais clínicos em adultos.

A Giardia sp pode causar diarréia em filhotes ou fezes de coloração esverdeada em cães ou gatos adultos. O Isospora sp pode causar diarréia líquida e com sangue em animais jovens. Associado a outras doenças como as viroses, os protozoários podem agravar o quadro clínico do animal.

Cães e gatos podem adquirir protozoários da água contaminada, fezes de pássaros e carnes de animais infectados (ratos, por exemplo). O tratamento, seja em animais como no homem, é feito com antibióticos específicos. O vermífugo não age sobre os protozoários.

Assim, considerando o potencial de transmissão ao homem, a falta de sinais clínicos nos animais adultos e a possibilidade de diarréias em filhotes, o exame de fezes é muito importante, pelo menos uma vez ao ano. É um exame rápido e barato, feito em clinicas veterinárias ou encaminhados por estas a laboratórios veterinários.

Vida de cão...www.vidadecao.com.br
http://anjossemasas2.blogspot.com/

Concurso Total Alimentos para ONG's

Amigos,

A ONG SOS Felinos está participando de um concurso cultural por sistema de votação via internet. Todos precisam de ajuda assim como eles!
O trabalho é humilde, contam com recursos próprios, sem sede/casa própria, mas o trabalho é feito com amor e luta pelos nossos irmãos animais nos subúrbios e favelas próximas.

Eles mantém animais já resgatados, outros são cuidados nas vias públicas e muitos já foram doados.

PRECISAMOS MUITO DO SEU VOTO
Vote diariamente a partir de 06/12
na ONG 18 acessando o site:
http://www.totalalimentos.com.br/
ONGS região SUDESTE
FBAV / SOS FELINOS

NOTA: Se contemplados iremos dividir as toneladas de ração com amigos protetores.

CONTAMOS COM VOCÊS!
http://www.sosfelinos.org.br/
Obrigada.
Rosely

http://www.sosfelinos.org.br/ Orkut: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=1371405