"Um gatinho faz com que voltar para casa se torne voltar para o lar. Pam Brown"

Os gatos anunciados para adoção nesse blog, foram resgatados em situações de risco, abandono e sofrimento. Foram cuidados, tratados e serão encaminhados somente para lares onde não terão acesso a rua, casas com quintal fechado ou apartamento telado. Todos serão castrados para que o abandono não se perpetue, pelo menos não em minhas mãos...



quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Cercas elétricas de casas e condomínios ameaçam passeio de gatos

Crescem os casos de acidentes de gatos com cercas elétricas; 33% dos animais atingidos morrem no atendimento

Instaladas para proteger casas e condomínios da ação dos ladrões, as cercas elétricas contabilizam um número crescente de vítimas inocentes: os gatos. Hospitais veterinários acusam um incremento de até 20% no atendimento dos felinos --decorrência de choques elétricos provocados pelas cercas que se espalham sem fiscalização pela cidade. Na teoria, os obstáculos elétricos serviriam apenas para afugentar os amigos do alheio. Para isso, cercas instaladas de acordo com as prescrições da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) são ligadas a eletrodos com tensão de até 10 mil volts, que descarregam correntes elétricas intermitentes da ordem de 5 miliampères (fracas).

"O problema é que em gatos, com massa corporal da ordem de 1/20 daquela de um homem adulto, o choque será sentido de forma muito mais intensa, grosso modo, 20 vezes mais forte", afirma a física e pesquisadora Tereza Daltro, do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares da USP.

Queimaduras nas patas e bocas, alterações neurológicas, convulsões, taquicardias e paradas cardiorrespiratórias, perda de consciência, fraturas, traumatismos cranianos, hemorragias cerebrais, edemas pulmonares, além de traumas psicológicos, são as consequências mais frequentes em felinos que sofrem choques nas cercas elétricas. Muitos morrem.

Segundo a veterinária Renata Setti, do Hospital Koala Animal, 33% dos gatos vitimados por choques elétricos que chegaram até o atendimento médico foram a óbito. "Fora os que nem chegaram a ser atendidos."

O principal problema é que os gatos têm hábitos que favorecem o desenlace trágico: são curiosos, exploradores, andam em telhados e muros --exatamente onde as cercas são instaladas.

Sob a ação do choque, os animais ficam completamente desnorteados --alguns até desmaiam.

O resultado é que caem de qualquer jeito, de onde decorrem as múltiplas fraturas e traumatismos -um dos sintomas mais frequentes é a fissura do céu da boca (o palato), que causa sangramento pelas narinas, dificuldades para respirar e que, sem tratamento, pode levar ainda a um quadro de infecção generalizada.

Mário Marcondes, diretor clínico do Hospital Veterinário Sena Madureira, um dos mais bem equipados de São Paulo, afirma que gatos vitimados por cercas elétricas já respondem por 5% de todos os atendimentos por traumas, incluídos os atropelamentos.

"Pode ser bem mais, já que muitos proprietários desconhecem a razão do ferimento de seu gato", diz.

Sem raça definida, o gato Klug é uma dessas possíveis vítimas. Jovem e ágil, o animal estava bem acostumado a passear pelos muros e telhados em volta de sua casa. Mas, há duas semanas, ele saiu e só conseguiu retornar, arrastando-se, na terça-feira (10). Estava paraplégico.

Ontem (11), ele foi operado. "Uma das hipóteses mais fortes para esse estado é o de uma queda motivada por choque elétrico", afirma Marcondes.

No YouTube, sobram vídeos de gatos chorando, gritando, caindo, pulando -por causa de choques em cercas eletrificadas. Na maioria dos filmetes, os humanos riem (até gargalham) da tortura dos felinos.

"Os gatos precisam ser protegidos por seus donos. Infelizmente, talvez a melhor coisa a fazer seja instalar telas e impedir o gato de subir aos telhados, de sair para dar seus passeios", diz a ativista Nina Rosa, uma das mais ativas em defesa dos animais. Os veterinários apoiam a medida.

http://www.correiodopovo-al.com.br/v3/curiosidades/6603-Cercas-eltricas-casas-condomnios-ameaam-passeio-gatos.html

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Manual do pet idoso

Tirado de: http://petmag.uol.com.br/artigos/manual-do-pet-idoso/

Cães e gatos mais maduros e experientes precisam de cuidados redobrados com a saúde e alimentação

CreditoProblemas de visão também são comuns em pets idosos
Crédito: Flickr/ CC - BDegan

Assim como os humanos, os pets estão vivendo cada vez mais e melhor. Há até animais, como o cachorro Pusuke, que busca reconhecimento como o cão mais velho do mundo, perante o Guinness Book. Mas a exemplo das pessoas idosas, os bichinhos que estão nessa fase da vida também precisam de cuidados especiais.

Felizmente, com os avanços da medicina veterinária e a proliferação de especializações como, oncologia, endócrinologia, oftalmologia, entre outros, ficou mais fácil dar qualidade de vida aos pets. Mas afinal, quando eles começam a ficar idosos?

Segundo a médica veterinária Estela Pazos, especialista em felinos, um gato é considerado “maduro” aos 8 anos, e idoso, a partir dos 10. Ela explica que nessa idade, o comportamento dos bichanos se altera, tornando-se comum miados mais frequentes e até começar a urinar fora da caixa sanitária. “Eles passam a dormir o dia todo em locais mais escondidos, convivem menos com as pessoas da casa, e até deixam de ir até a porta para receber o dono na entrada”.

Além de ser especialista em felinos, a veterinária conhece de perto o cotidiano dos gatos idosos, isso porque conta com a companhia de Catatau, um SRD (Sem raça definida) de 14 anos. O pet mora com a dra. Estela há 11 anos, quando ela o resgatou em uma clínica, onde o bichano foi abandonado, após ser atropelado. Ela conta que o gatinho, apesar da idade, é bem ativo, e adora brincar com ratinhos de brinquedo. “Ele gosta de tomar sol pela manhã, na companhia dos meus outros dois gatos, e lá faz seu ‘banho de gato’ lambendo o corpo todo”.

Segundo a veterinária, quando os gatos envelhecem, perdem massa muscular, a digestão dos alimentos e absorção dos nutrientes diminuem, assim como a função renal. Eles também bebem menos água e tendem a desidratar, por isso, é essencial que o dono esteja atento às mudanças de comportamento.“O mais importante é perceber que os hábitos do animal mudaram e procurar o mais rápido possível por ajuda especializada”, sugere.

Vale lembrar que os cães também sentem o peso da idade. A chegada dos animais à velhice é determinada pelo seu porte, segundo o veterinário Marcelo Quinzani, diretor clínico do Hospital Pet Care. “Os cães de raças maiores têm o metabolismo mais acelerado e tendem a chegar na terceira idade entre seis e nove anos. Já os menores, envelhecem mais devagar e são considerados idosos entre nove e 13 anos”.


Cuidados com a alimentação

CreditoCatatau, com 14 anos, ainda gosta de brincar
Crédito: Arquivo Pessoal

A alimentação do bicho idoso também é diferenciada. Como a digestão e absorção são reduzidas com o envelhecimento, o animal deve receber uma ração que tenha digestão facilitada e proteínas de boa qualidade. As necessidades nutricionais de um cão velhinho são bem distintas das outras faixas etárias, por isso, é preciso - com o auxílio de um especialista - fazer algumas alterações em sua rotina alimentar.

“Com o passar dos anos, o metabolismo, a massa muscular e a necessidade energética canina diminuem. Essa característica favorece o ganho de peso e os problemas decorrentes dele”, pontua o dr. Marcelo. Rever a dieta do bicho, oferecendo alimentos específicos, reduzindo as porções, aumentando o número de refeições diárias e fazendo a suplementação de nutrientes essenciais é fundamental para manter a saúde e bem-estar na terceira idade.

Para o especialista, a avaliação nos dentes de um animal idoso também é de extrema importância, pois se houver dor, ele pode deixar de se alimentar. “A saúde oral dos animais também deve estar em foco, o mau-hálito é sinal de problemas como o tártaro e periodontite”, alerta o veterinário.
Cuidados com a saúde

Mas não é só a dentição de seu bichinho que deve ser observada de perto. Nessa fase da vida, várias doenças podem surgir. As mais comuns em gatos são: insuficiência renal, hipertireoidismo, osteoartrite (ou artrose), disfunção cognitiva, neoplasias, hipertensão, diabetes, doença cardíaca e doença intestinal inflamatória.

Para os cachorros, os problemas não diferem muito, pois grande parte deles apresenta alterações nas articulações e nos ossos. “Esses problemas são demonstrados através da dificuldade para pular ou subir em um local mais alto, como o sofá”, explica o dr. Marcelo. Já na demonstração de dor, o animal mostra-se sensível quando tocado próximo à região da coluna e ao executar movimentos simples.

Os cães também podem apresentar alterações cardíacas durante o envelhecimento, mas nem sempre os proprietários conseguem reconhecer os sinais clínicos desses problemas. Cansaço e ofegância, intolerância a exercícios, desmaios, língua arroxeada após uma situação de excitação, e principalmente, tosse, são alguns sintomas de cardiopatia.

Casos da vida real

CreditoPretinha, com 13 anos, sente dores e precisa de muita atenção
Crédito: Arquivo Pessoal

Monica d’Ávila, professora de canto, constatou algumas dessas alterações no comportamento de sua vira-lata, Pretinha, de 13 anos. “Percebo que ela erra a pontaria para subir em alguns locais, como por exemplo, escada e poltrona. De vez em quando, ela perde o equilíbrio e enxerga mal”. Segundo a proprietária, sua cadela também perdeu parte da audição e até um pouco da vitalidade. “Antes, ela ouvia alguém chegando e vinha correndo como maluca, agora, ela ouve, levanta a cabeça e não dá bola”.

Ela também percebeu que sua cadelinha anda menos disposta. “A Pretinha já está a própria ‘velha rabugenta e dolorida’, se pegar no colo de mau jeito ela chora. Fica também mais tempo deitada, quieta em cantinhos macios, que andando pra lá e pra cá. Ela quer ficar no quentinho, não gosta de frio, come menos e rosna mais quando incomodam”, diz a dona.

Para finalizar, os dois veterinários concordam que todos os cães e gatos devem passar por exames regulares quando chegam a terceira idade. E como a prevenção acaba sendo sempre a melhor saída, confira abaixo uma lista dos exames mais importantes que devem ser feitos anualmente.

* Avaliação odontológica: recomenda-se que seja feita a partir do primeiro ano de vida, mas cerca de 87% dos animais acima de 3 anos têm doença periodontal justamente porque não fizeram exame preventivo. Ele deve ser realizado por um médico veterinário especialista em odontologia
* Exame de mama, testículo e próstata: deve ser feito anualmente em animais não castrados, a partir dos 4 anos
* Ultrassonografia abdominal: deve ser feita anualmente para animais acima de 6 anos
* Pressão arterial e eletrocardiograma: recomendado para animais acima de 6 anos
* Ecocardiograma: realizado anualmente, quando os animais apresentam alterações de pressão arterial, presença de sopro cardíaco ou cansaço
* Exames de sangue: hemograma, ureia, creatinina, colesterol, glicose e enzimas hepáticas são geralmente os mais pedidos a partir dos 6 anos
* Exame de urina e de fezes: anualmente, a partir do primeiro ano de vida

E não se esqueça: durante a terceira idade, a fragilidade dos pets aumenta. Respeito, carinho, atenção e informações sobre os problemas mais comuns do envelhecimento são fundamentais para encarar com tranquilidade essa nova fase e aproveitar ao máximo tudo o que o seu amiguinho ainda tem para oferecer.

http://petmag.uol.com.br/artigos/manual-do-pet-idoso/